A Ruziziensis é uma forrageira indicada para bovinos de recria e engorda. Apresenta boa qualidade nutricional e palatabilidade, podendo ser utilizada em pastejo direto ou fenação. Devido à elevada capacidade de germinação, é amplamente utilizada em sobressemeadura sobre culturas como a soja e em áreas de plantio direto e integração lavoura-pecuária, principalmente como cobertura vegetal.
Nome científico: Urochloa ruziziensis
Sinonímia: Brachiaria ruziziensis
Recomendações de solo: Média a alta fertilidade
Utilização: Pastejo direto, fenação e cobertura de solo em plantio direto
Produção de forragem: 12 a 15 t/ha/ano de matéria seca (MS)
Teor de proteína na MS: 8 a 11%
Altura da planta: 1,50 a 1,70 m
Digestibilidade “in vitro”: 50 a 57%
Palatabilidade: Alta
Tolerância à seca: Média
Tolerância ao frio: Boa
Cigarrinha das pastagens: Suscetível
Ciclo vegetativo: Perene
Uso pecuário: recomendada para bovinos em recria e engorda, com aproveitamento em pastejo direto e fenação.
Cobertura vegetal: utilizada em plantio direto e integração lavoura-pecuária. Frequentemente semeada em áreas de soja, fornecendo cobertura de solo no período de entressafra e podendo servir como pastagem de inverno.
Manejo: em setembro e outubro, as plantas são dessecadas com herbicidas à base de glifosato, formando palhada adequada para novo plantio de soja.
Limitações: apresenta baixa capacidade de rebrota quando superpastejada, sensibilidade ao pisoteio e alta suscetibilidade às cigarrinhas, fatores que reduziram seu uso exclusivo na pecuária.
Espécie nativa do Vale Ruzi, no Zaire (Congo) e Burundi, atualmente difundida em vários países tropicais. As primeiras sementes vieram de Ruanda e foram estudadas pelo INEAC (Institut National pour l’Étude Agronomique du Congo Belge) nos anos 1960. Posteriormente, foram disseminadas pelo Quênia, Austrália e, mais tarde, introduzidas no Brasil.
Gramínea perene e rasteira, atingindo até 1,5 m de altura.
Rizomas curtos, colmos decumbentes e geniculados, com 3 a 4 mm de diâmetro e entrenós curtos.
Folhas macias, com 6 a 15 mm de largura e 10 a 25 cm de comprimento, de aspecto aveludado devido à presença de pêlos.
Inflorescência em panícula ereta, com 5 a 7 racemos curtos e fileiras duplas de sementes.
Ráquilas aladas e largas, característica que distingue das demais espécies de braquiária.
Espiguetas bifloras: inferior masculina e superior hermafrodita.
Exigente em fertilidade do solo.
Forrageira de alta palatabilidade, o que pode comprometer o manejo e dificultar a rebrota após superpastejo.
Suscetível ao ataque de cigarrinhas e ao pisoteio intenso.
Apesar das limitações no uso pecuário, tornou-se uma opção importante para cobertura do solo em sistemas de plantio direto devido ao hábito de crescimento prostrado e sensibilidade ao glifosato.
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